AEROPORTO DE ANÁPOLIS PODE SER PRIVATIZADO E SOFRER ALTERAÇÕES EM SUA INFRAESTRUTURA

O Aeroporto de Cargas de Anápolis deve ser concedido à iniciativa privada. De acordo com o Governo do Estado de Goiás, deve ocorrer parcerias para auxiliar na conclusão das obras da estrutura, salientando também que a operação do aeroporto pode ser concedida à iniciativa privada.

Há um movimento que aponta para trazer trazer parceiros que queiram nos auxiliar nas operação aérea do mesmo, sendo estes parceiros especializados em logística, por meio de concessão.

Há possíveis grupos interessados de diversos países em não somente operar o Aeroporto de Cargas de Anápolis, como também investir na conclusão das obras e participar de demais projetos do governo estadual.

AEROPORTO DE CARGAS DE ANÁPOLIS

O projeto de criação de um terminal de passageiros no Aeroporto de Cargas de Anápolis, em fase de construção, foi apresentado por técnicos da Agência Goiana de Obras e Transportes AGETOP, numa audiência pública realizada há aproximadamente três anos.

Na época, ainda em meados de 2017, empresas como Azul Linhas Aéreas e Sete Transportes Aéreos, que manifestaram interesse em estabelecer linhas regulares que passem pela região do Município, apesar de não terem um levantamento sobre a demanda de passageiros em Anápolis e região.

O aeroporto em Anápolis, hoje funciona de maneira simplificada no uso de aviação comercial, o projeto propunha a incorporação de um conglomerado de instalações, com a construção de um terminal de passageiros que poderá receber mais de 60 mil pessoas por mês, de 50 hangares para a aviação executiva, seis para oficinas de apoio, pátio de aeronaves de carga e pátio de aeronaves de passageiros, entre outras instalações.

Os 24 hangares instalados hoje no aeroporto teriam de ser transferidos para uma área ao lado. Já sinalizando com um possível entrave, um representante dos proprietários de hangares quis saber sobre a proposta do governo em indenizá-los, já que as instalações existentes teriam que ser demolidas. A diretoria da AGETOP não teria informado de forma detalhada, se pronunciando apenas que seria formada uma comissão para estudar os casos e ver como a questão será resolvida. 

AEROPORTO CIVIL DE ANÁPOLIS

Depois de diversas levantamentos, reuniões e relatórios, o Aeroporto Civil de Anápolis ainda hoje vem funcionando de forma precária, pela ausência de manutenção e uma equipe administrativa permanente no local, até o início de 2020 havia funcionários comissionados atuando no edifício presente nas proximidades da pista de decolagem, contudo foram exonerados de suas funções.

Um dos permissionários dos hangares no Aeroporto Civil de Anápolis, relatou que a situação, de fato, é precária no aeródromo desde o começo deste ano. Inclusive,chegando até a se cotizarem para pagar um vigilante por conta própria, a fim de trabalhar na segurança do local, durante o período noturno.

até então o funcionamento pleno do Aeroporto em Anápolis, previa uma equipe de quatro servidores trabalhando como operadores, além de um gerente, um responsável técnico e mais quatro seguranças.

 ÁREA TÉCNICA-OPERACIONAL

Em razão disso é necessário um treinamento para proceder como sinalizadores ou balizadores de pista. Um operador tem funções diversas em um aeródromo, por exemplo:

  • Averiguar possível chegada de mais de uma aeronave ao mesmo tempo; 
  • Auxiliar nas manobras de pátio; 
  • Verificar se não tem uma aeronave parada na pista com algum problema quando outra estiver próxima de pousar; 
  • Se não há animais ou pessoas na pista na aproximação de aeronaves, enfim, diversos tipos de situações que podem ocorrer no cotidiano do aeródromo, sendo que toda anormalidade deve ser relada às autoridades competentes. 
No Aeroporto Civil de Anápolis, segundo se apurou, a média de pousos e decolagens gira em torno de 18 a 25 aeronaves por dia, já chagando, em alguns casos, a 40 por dia. Fazendo uma média de 30 aeronaves/dia, teríamos uma movimentação mensal de cerca de 900 aeronaves fazendo procedimentos de pousos e decolagens. 


Vale destacar que no Aeroporto funcionam três escolas de aviação. O Exército também usa o local para treinamento de paraquedistas, além do que, empresários que têm negócios em Anápolis, também tem o local como base. Além dos particulares que mantém hangares na área do Aeroporto. Para se ter uma ideia, existem 27 hangares abrigados na estrutura do aeródromo do Município de Anápolis.

Em Anápolis, o controle aéreo é feito através da ALA 2 - Antiga Base Aérea que, em princípio, é o local para aonde as ocorrências devem ser relatadas.

FUNCIONAMENTO DO AEROPORTO EM ANÁPOLIS E NO ESTADO

Em meados de janeiro de 2020, agora a denominada Goinfra criou um Comitê de Gestão de Crise dos Aeródromos, para reabrir, gerir e adequar os aeroportos. Uma vez reabertos, a próxima etapa consiste em adequar os aeródromos goianos. “O objetivo é deixá-los aptos para receberem em breve voos regulares de linhas aéreas regionais”, confirma o comitê.

De acordo com técnicos do Setor de Aeródromos da Goinfra, os aeródromos inacabados são os que mais requerem cuidados e tempo por parte da equipe. 

A Goinfra também realizou ações coordenadas abrangem a regularização dos Planos Básicos de Zona de Proteção dos Aeródromos junto ao DECEA, pendentes desde o ano de 2017 e que ocasionaram no fechamento da quase totalidade dos aeródromos goianos.

Junto à Anac, a nova gestão da Goinfra esteve em reunião no início deste ano na sede da agência em Brasília, ocasião em que foram levantadas todas as inconformidades pré-existentes nos 29 aeródromos administrados pelo Estado.

Após estas ações, a Goinfra passou pela implantação de Planos de Ações Corretivas para cada aeródromo com intervenções de manutenção, parcerias com Prefeitura Municipal, criação de equipe de resposta à emergência aeroportuária, além da atualização de convênios e a solicitação de recursos federais perante a Secretaria de Aviação Civil.

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