A QUEM INTERESSA QUE ANÁPOLIS NÃO CRESÇA?

Novo Shopping em Anápolis ainda é incerto

Diversas notícias de cancelamentos, suspensões, adiamentos e/ou desistência de projetos, que poderiam senão beneficiar economicamente o município de Anápolis, ao menos iria gerar uma discussão de que até que ponto a cidade tem um papel de protagonismo dentro do cenário político/econômico no Estado de Goiás.

Entre atrasos para entrega do Aeroporto de Cargas e desvio de projeto originais da plataforma logística multimodal e o Centro de Convenções, recentemente foi anunciado a desistência de um negócio acordado ainda em 2017 com a aquisição de duas áreas de 22 mil metros quadrados no Daia por R$ 54 mil reais. 

Novo Shopping em Anápolis

A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás - CODEGO, que teria já fechado um contrato com uma empresa para a construção de um shopping center na BR-153, no Distrito Agroindustrial de Anápolis - DAIA. Com o contrato assinado desde abril deste ano, que mencionava a venda de 22 mil quadrados de área por pouco mais de 53 mil reais, procurada por reportagem do jornal O POPULAR, a assessoria da Codego teria alegado " surpresa" sobre o teor da transação.

A área adquirida seria destinada a um novo shopping em Anápolis, com mais de 80 lojas, faculdades,setores de serviços públicos e bancários, bem como praça de alimentação.

A negociações foram iniciadas em meados de 2017, com autorização para a construção do centro comercial em dezembro daquele ano.O Conselho de Administração da Codego deu aval ao acordo em 26 de dezembro de 2017, com contrato de exclusividade do negócio do shopping por período de 15 anos prorrogáveis por igual período. 

A empresa adquiriu as duas áreas por R$ 53.424,62 e foi responsável pela construção de uma nova sede para Delegacia Regional de Polícia, que funcionava em um dos terrenos, a título de permuta. Houve autorização para parcelamento do valor e os pagamentos ocorreram em um total de 15 meses.

Em novembro de 2017, a empresa fez o pedido de terreno vizinho, de outros 11 mil metros quadrados, para a construção do shopping, afirmando que “após realização de uma pesquisa especializada e diversas solicitações de empresários e trabalhadores do Daia”, constatou uma “forte demanda para um polo de serviços na região do Daia”. Houve então acordo para a construção do centro comercial. A empresa pediu exclusividade no negócio, alegando a necessidade de “investimento significativo”, solicitou parceria público privada e ofereceu permuta com uma área de 300 metros quadrados para a Codego,

OConselho da companhia respaldou o negócio e oito meses depois (agosto de 2018) foi assinado o contrato de permuta de imóvel, em que a ETS se comprometeu apenas a construir a nova sede da delegacia e poderia construir o shopping nas duas áreas.

Após a quitação de todas as parcelas da primeira área e outros três pagamentos de R$ 9,2 mil referentes à segunda, houve o contrato de compra e venda dos dois terrenos assinado agora em abril.

RESCISÃO

Para o corpo jurídico da CODEGO com argumentos de supremacia do interesse público, princípio da eficiência, possibilidade de revisão de atos da administração e exaurimento da finalidade, é possível a rescisão contratual nesta fase, já que os valores e a capacidade financeira da empresa só são apresentados em nova fase do processo, depois da assinatura do contrato, por isso ainda não há informações sobre isso. Até aqui, houve apenas a apresentação de estudos de viabilidade técnica do shopping.

Projeto para incorporar Anápolis à Região Metropolitana de Goiânia é arquivado

Segundo informações advindas da Assembleia Legislativa de Goiás - ALEGO, o texto do projeto de lei foi retirado de tramitação antes da propositura ser analisada pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).

A matéria em pauta que incorporava Anápolis à Região Metropolitana de Goiânia - RMG, teria tido repercussão negativa junto à comunidade e o Deputado Estadual, autor do texto "a pedido da própria população” resolveu desistir da matéria da pauta, argumentando que se a população quiser discutir e ouvir os argumentos em defesa da ideia de incorporação da cidade de Anápolis a Região Metropolitana de Goiânia.

O parlamentar ainda no mês de abril deste ano, comentou intenção da proposta na ALEGO, defendendo a inclusão do município de Anápolis a RMG, o que segundo ele permitiria acesso a políticas públicas diferenciadas para os grandes conglomerados urbanos. Ao defender a ideia de que o poder público tem tratamento diferenciado com as regiões metropolitanas, alegando que grande parte da população do País está nessas áreas.

Região Metropolitana de Anápolis

Tal argumento justificaria não a inserção de Anápolis a uma já existente, mas talvez a criação de uma nova Região Metropolitana que teria como polo de influência o próprio município, a fim de realizar o atendimento de demandas prioritárias de outras cidades menores no entorno de Anápolis.

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